A cidade que teve o menor crescimento populacional do ABC foi Mauá, e a que teve maior crescimento populacional foi São Caetano do Sul
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (28/06) os primeiros dados do Censo 2022. A pesquisa revelou que as sete cidades do ABC somam 2.696.530 habitantes em comparação ao último levantamento de 2010, que contabilizava 2.551.328 pessoas.
De acordo com os números, o ABC cresceu 5,67% desde o último censo realizado em 2010 e agora tem 145.202 a mais do que há 12 anos, isso significa dizer que a região inchou o equivalente à população de Ribeirão Pires inteira e a quase totalidade de Rio Grande da Serra, somadas, tudo isso em pouco mais de uma década. O Censo revela duas situações de destaque; a primeira é que a cidade que mais inchou em termos populacionais foi São Caetano, onde o número de moradores subiu 10,98%; e a segunda é que Diadema tem a maior densidade demográfica da região e a segunda maior do país, com mais de 12 mil pessoas por quilômetro quadrado.
Em números absolutos, a cidade cuja população mais cresceu foi Santo André, que no hiato entre os dois levantamentos censitários teve a população residente acrescida de 72.512 pessoas, ou 10,72%. O prefeito Paulo Serra (PSDB) comentou o resultado do Censo 2022. “Os números levantados pelo Censo serão importantes para nos auxiliar no planejamento da cidade que queremos para as próximas décadas, por meio do programa Santo André 500 anos”, afirma o chefe do Executivo andreense. “Para o planejamento estratégico de Santo André, a divulgação dos dados do Censo Demográfico e a análise detalhada destas informações são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para nossa população e suas particularidades”, completa o secretário de Planejamento Estratégico e Licenciamento, Acácio Miranda.
Proporcionalmente a cidade que mais cresceu foi justamente a que tem menor área territorial; São Caetano. O já disputado espaço sancaetanense tem agora 15.392 pessoas mais do que em 2010, um crescimento de 10,98%, o que fez a densidade demográfica da cidade subir de 9.736,03 habitantes por quilômetro quadrado para 10.805,23, ainda como a segunda maior densidade da região e a sexta cidade mais apertada do país.
O crescimento percentual das populações de Santo André e São Caetano ficou bem acima da alta populacional do Estado, que ficou em 7,65% passando de 41,2 milhões de habitantes para 44,4 milhões, um acréscimo de 3.158.260 pessoas de 2010 para cá.
A cidade com a maior densidade demográfica da região é Diadema, que é a segunda do país com maior número de habitantes por quilômetro quadrado. O município tem 12.795 pessoas considerando esse espaço de terra. A cidade só perde, e por pouco, de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, que tem 13.416 pessoas por quilômetro quadrado de área. Os 31 quilômetros quadrados da cidade mostram os efeitos desse inchaço populacional, com muitas casas onde vivem várias pessoas, casas cada vez mais juntas umas das outras. Outro desafio, além da questão habitacional é saúde, saneamento, segurança e transporte para todos. Mesmo já muito populosa, a cidade cresceu ainda mais, desde 2010, contabilizando 7.148 pessoas a mais desde o último censo, uma alta de 1,85%.
São Bernardo foi a terceira cidade em termos de crescimento populacional. A maior cidade em área territorial, acrescentou à sua população 45.266 pessoas em doze anos que separam os dois levantamentos censitários do IBGE, um crescimento de 5,91%.
A cidade que teve o menor crescimento populacional do ABC foi Mauá, que entre um censo e outro aumentou seu número de habitantes em 1.197 pessoas, alta de 0,29%. Mauá tem número de moradores bem parecido com o de Diadema, porém tem o dobro de área territorial. O território mauaense passou de 417.064 habitantes em 2010 para 418.261 segundo o Censo 2022. A densidade populacional pouco se alterou e agora está em 6.753,01 habitantes por quilômetro quadrado.
Rio Grande da Serra foi a que menos cresceu em números absolutos de população. A diferença entre os dois censos foi de apenas 196 pessoas. Com a menor população do ABC, a cidade cresceu 0,44% e tem ao todo 44.170 moradores.
Ribeirão Pires teve um inchaço populacional equivalente a 2.491 pessoas ou 2,20%. A cidade tem os moradores mais espaçados da região, com a menor densidade populacional. No município são 1.167,59 pessoas por quilômetro quadrado.
Por Repórter Diário
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